PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

RIVERSIDE REACHES 97% OF COMPLETION OF WORK OF MODERNIZATION

BEIRA-RIO CHEGA A 97% DE CONCLUSÃO DOS TRABALHOS DE MODERNIZAÇÃO

FONTE: http://copa2014.gov.br/pt-br/noticia/beira-rio-chega-a-97-de-conclusao-dos-trabalhos-de-modernizacao


06/01/2014 10:48
Obras entraram na fase final, com início de procedimentos e vistorias para a entrega. A membrana da cobertura já recebeu 52 módulos opacos de um total de 65 folhas que formam a estrutura
Com 97% de conclusão das obras, o estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, está na fase final de reforma para a Copa do Mundo. Os procedimentos e vistorias da fase de entrega da arena foram iniciados em 2 de janeiro.
De acordo com vídeo divulgado pelo Sport Club Internacional, grama artificial está sendo instalada ao redor do gramado e a colocação de refletores está quase concluída, assim como a dos assentos. A membrana da cobertura já recebeu 52 módulos opacos de um total de 65 folhas que formam a estrutura. A capacidade da nova arena é de 50 mil torcedores.
Independentemente da finalização da membrana da cobertura, que será feita em paralelo ao desenrolar do processo de verificação do restante da obra, o estádio já está apto a receber partidas, desde que sejam obtidas as licenças das autoridades competentes.
Copa do Mundo
Palco de cinco partidas da Copa do Mundo, o primeiro jogo no Beira-Rio será em 15 de junho (domingo), às 16h, entre França x Honduras, do Grupo E. Três dias depois, na quarta-feira 18 de junho, às 13h, o confronto será do Grupo B, colocando frente a frente a Holanda, atual vice-campeã mundial, e a Austrália.
A terceira partida em Porto Alegre, entre Argélia e Coreia do Sul, é válida pelo Grupo H e está agendada para 22 de junho (domingo), às 16h. Em 25 de junho, a Argentina de Lionel Messi, cabeça de chave do Grupo F, encerra a participação na fase de grupos no jogo contra a Nigéria.
Além disso, Porto Alegre tem tudo para sediar um forte confronto nas oitavas de final, já que estarão em campo o primeiro colocado do Grupo G, composto por Alemanha, Portugal, Gana e Estados Unidos, e o segundo do Grupo H, integrado por Bélgica, Argélia, Rússia e Coreia do Sul. O duelo será no dia 30 de junho, a partir das 17h.

Dilma Rousseff SAYS FANS TRUST IN THE WORLD CUP IN BRAZIL.

DILMA ROUSSEF AFIRMA QUE TORCEDORES DO MUNDO CONFIAM EM COPA NO BRASIL.

FONTE: http://correiodobrasil.com.br/esportes/dilma-rousseff-afirma-que-torcedores-do-mundo-confiam-em-copa-no-brasil/675333/


6/1/2014 12:26

Por Redação, com Reuters - do Rio de Janeiro

A presidente Dilma Rousseff reiterou nesta segunda-feira que o Brasil vai realizar a "Copa das Copas"
A presidente Dilma Rousseff reiterou nesta segunda-feira que o Brasil vai realizar a “Copa das Copas”
A presidente Dilma Rousseff reiterou nesta segunda-feira que o Brasil vai realizar a “Copa das Copas” e disse que a grande busca por ingressos mostra que torcedores do mundo todo confiam no país, após o presidente da Fifa, Joseph Blatter, ter criticado a demora nos preparativos para o torneio.
- A procura por ingressos para os jogos a maior em todas as Copas mostra que torcedores do mundo inteiro confiam no Brasil. Amamos o futebol e por isso recebemos esta Copa com orgulho e faremos dela a Copa das Copas – disse Dilma no Twitter.
- Os brasileiros começam 2014 confiantes que irão sediar a Copa das Copas. No Brasil, a Copa estará em casa, pois este é o país do futebol – acrescentou a presidente.
Em entrevista a um jornal suíço publicada no fim de semana, Blatter disse que o Brasil começou muito tarde a se preparar para o Mundial, e que é o país com mais atrasos na preparação para uma Copa do Mundo, apesar do tempo que teve.
Eleito em 2007 como sede da Copa, o Brasil sofre com atrasos tanto nas obras de infraestrutura como na construção e reforma de arenas. Dos 12 estádios do Mundial, somente dois foram inaugurados dentro do prazo, e o palco de abertura do torneio, em São Paulo, só ficará pronto em abril, dois meses antes do início da competição.
A primeira fase de vendas de ingressos para a Copa do Mundo de 2014 recebeu 6 milhões de solicitações, número bastante superior ao do Mundial de 2010 na África do Sul (1,3 milhão de solicitações). No entanto, mais de 70 por cento das solicitações foram feitas por brasileiros, de acordo com a Fifa.

COPA E ANTI-COPA.

FONTE: http://correiodobrasil.com.br/noticias/opiniao/copa-e-anti-copa/675355/

Copa e anti-copa

6/1/2014 13:03
Por Flávio Aguiar - de Berlim

O irrequieto sr. Blatter, do alto da montanha suíça onde vive, acusou o Brasil de ser o país que mais atrasou as obras da Copa do Mundo
O irrequieto sr. Blatter, do alto da montanha suíça onde vive, acusou o Brasil de ser o país que mais atrasou as obras da Copa do Mundo
O presidente da FIFA deu, no plano internacional, o pontapé inicial do que vai ser o jogo do ano de 2014. Do jogo fora das quatro linhas, bem entendido.
O irrequieto sr. Blatter, do alto da montanha suíça onde vive, acusou o Brasil de ser o país que mais atrasou as obras da Copa do Mundo.
Pode-se dizer que ele deu, no plano internacional, o pontapé inicial do que vai ser o jogo do ano de 2014. Do jogo fora das quatro linhas, bem entendido.
Terá como ponta-de-lanças as mídias atacantes Economist e Financial Times, com o meio do campo reforçado por setores neo-liberais de outras mídias, que incluirão até o New York Times, o The Guardian, Le Monde, Corriere della Sera, El Pais, e provavelmente a germânica Der Spiegel.
Na defesa, dando bico para tudo quanto é lado, estarão os cronistas do desastre anunciado no Brasil, os arautos da velha mídia, que estão apostando em:
1) Movimentos como o “Não vai ter Copa”, com primeiro jogo marcado para o 25 de janeiro.
2) Movimentos como “Anônimos”, “Vem pra rua você também”, esperando que manifestações ganhem corpo de meados de junho a meados de julho, com vaias nos estádios cada vez que o tema roçar ou mostrar a presidenta Dilma.
3) Na esperança inconfessável de que arruaças do tipo “Blackblocks” e possíveis outras provocações pseudo-anarquistas ou de direita mesmo contem com o inestimável apoio de uma brutalidade da polícia, para expor “a farsa Brasil” dentro e fora do país.
4) Se de tudo sair alguma vítima fatal mesmo que seja uma única, melhor ainda.
Parece, diante dos prenúncios cada vez menos desastrosos sobre a economia, apesar de dificuldades na área industrial e na balança comercial, e diante da inépcia embolada das candidaturas de oposição, que está é a única bala de prata que resta para estas oposições midiáticas.

Ao invés de apostas programáticas – já que os verdadeiros programas de direita no Brasil são inconfessáveis pelos candidatos, embora existam, só lhes resta apostar nos anti-programas, nas catástrofes políticas e sociais possíveis e imagináveis. E nas inimagináveis também.
Que candidato vai fazer a loucura de dizer que vai fechar o Bolsa Família?
Ou outros programas sociais?
Que candidato terá a temeridade de dizer que vai cortar o Pro-Uni (a não ser na extrema esquerda) e a política de quotas?
Que candidato vai confessar que vai esvaziar o Mercosul e voltar à velha política de privilegiar “os países que importam”, quer dizer, a velha política de subserviência aos Estados Unidos e à Europa?
E que candidato vai ter a coragem de dizer que, na verdade, vai acabar com essa parolagem de meio-ambiente e vai favorecer a expansão desregrada do agrobusiness no Cerrado, na Amazônia legal e ilegal? Mesmo com apoio do Greenpeace e do SOS Mata Atlântica antes da eleição.
Que candidato vai delcarar que a política de juros altos e de desindustrialização através da “abertura” será o norte desta nova dependência em relação aos fortes Nortes da geopolítica?
Que candidato dirá que vai retomar uma política de dependência também no campo da defesa militar, seja na Amazônia, no espaço aéreo ou na plataforma marítima (leia-se Pré-Sal).
Que candidato dirá que vai rifar os ganhos do Pré-Sal entre multinacionais e outros barões da indústria fóssil, ao invés de destiná-los prioritariamente à educação e ao investimento tecnológico?
Ou que vai diminuir ainda mais as verbas da saúde pública em favor das indústrias privadas do setor? Ou que vai tocar do país os médicos cubanos e outros que vieram auxiliar as regiões desastissidas? Ou que voltarão a criminalizar os movimentos sociais, especialmente o MST?
E por aí vai. Mas podem crer: confessem ou não os candidatos e os arautos da velha mídia, é tudo isto que nos espera e muito mais caso as oposições de hoje ganhem a eleição em outubro. Porque as oposições hoje no Brasil têm sobretudo uma visão anacrônica, provinciana e paroquial do mundo que as cerca, incapazer de ver, por exemplo, que mesmo dentro do sistema capitalista a melhor tendência dominante é a da formação de blocos regionais, da Europa desenvolvida à África subdesenvolvida. E por aí também vai.
Mas como tudo isto é inconfessável, só resta a bola, quer dizer, a bala de prata da Copa e da Anti-Copa. Deste modo, o jogo opositor da Anti-Copa torna-se um jogo anti-Brasil, dentro e fora das quatro linhas. Na ilusão de que se a Copa for normal ou próxima disto, e de que, pior ainda, de que se o Brasil ganhá-la, a reeleição da presidenta estará garantida, vão apostar delcaradamente na primeira condição – “não à Copa” – e surdamente na segunda – “que o Brasil perca dentro do campo, se a Copa for fuindo”.
Vamos ver como eles conseguirão conclamar, sem revelar, sem expor, tudo isto para as galeras nas praças e diante da tevê antes, durante e depois dos jogos.
Como diz o Saul Leblon, a ver.
Flávio Aguiaré correspondente internacional da Carta Maior em Berlim. 

DILMA: GET THE BRAZILIAN 2014 CONFIDENT THAT WILL HOST THE CROWN COPA.

DILMA: OS BRASILEIROS COMEÇAM 2014 CONFIANTES QUE IRÃO SEDIAR A COPA DAS COPAS.

FONTE: http://blog.planalto.gov.br/dilma-os-brasileiros-comecam-2014-confiantes-que-irao-sediar-a-copa-das-copas/


Twitter
A presidenta Dilma Roussef afirmou nesta segunda-feira (6), em sua conta no Twitter, que os brasileiros começam 2014 confiantes que irão sediar a Copa das Copas. Segundo Dilma, a procura por ingressos para os jogos – a maior em todas as Copas – mostra que torcedores do mundo inteiro confiam no Brasil.
“Os brasileiros começam 2014 confiantes que irão sediar a Copa das Copas. No Brasil, a Copa estará em casa, pois este é o país do futebol. Todos os que vierem ao Brasil serão bem recebidos, porque somos alegres e acolhedores. Esta será a Copa de 12 cidades-sede, da floresta Amazônica aos pampas gaúchos, das montanhas de Minas às praias cariocas, das dunas do Nordeste à metrópole de São Paulo. Os turistas terão oportunidade de conhecer este país multicultural e batalhador. Um Brasil que está enfrentando o desafio de acabar com a miséria e de gerar oportunidades para todos. A procura por ingressos para os jogos – a maior em todas as Copas – mostra que torcedores do mundo inteiro confiam no Brasil. Amamos o futebol e por isso recebemos esta Copa com orgulho e faremos dela a Copa das Copas”.

GOVERNMENT CREATES SHOCK TROOP 10 THOUSAND MEN FOR PROTESTS IN COPA.

GOVERNO CRIA TROPA DE CHOQUE DE 10 MIL HOMENS PARA PROTESTOS NA COPA.

FONTE: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2014/01/governo-cria-tropa-de-choque-de-10-mil-homens-para-protestos-na-copa.html

Força Nacional forma policiais para enviar às 12 cidades-sede em 2014.
SP também terá apoio, diz secretário; 'não foi cogitada', diz pasta paulista.


Tahiane StocheroDo G1, em São Paulo

Pela qualidade desta tropa, ela deverá atuar em todas as sedes da Copa de 2014. Em algumas, como força de contingência (...) em outros, com função definida. Cada estado definirá isso"
Delegado da PF Andrei Passos
Secretário de Segurança para Grandes Eventos
O governo federal formou uma tropa de choque de 10 mil homens que irá apoiar as polícias militares nas 12 cidades-sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014 para conter protestos violentos durante o evento.

São os PMs que integram a Força Nacional de Segurança Pública, treinados desde 2011, segundo o diretor da unidade, coronel Alexandre Augusto Aragon. Eles tiveram o aperfeiçoamento intensificado neste ano após as manifestações de junho, durante a Copa das Confederações.
Criada em maio de 2007 por uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Força é composta por PMs, policiais civis, bombeiros e peritos de todos os estados, que são voluntários e passam por um treinamento diferenciado antes de serem enviados para missões excepcionais e de caráter temporário.
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Policial dispara contra manifestantes no Rio de Janeiro (Foto: Silvia Izquierdo/AP)Policial dispara contra manifestantes no Rio de Janeiro (Foto: Silvia Izquierdo/AP)
“A Força Nacional não é uma força comum. Somos convocados só para momentos de crise, só para missões específicas. Cheguei a ter 42 frentes de operações abertas ao mesmo tempo no país. Para a Copa do Mundo, formamos 10 mil homens em doutrinas de ações de choque, e estamos com condições de atuar em todas as 12 cidades-sede ao mesmo tempo”, afirma o coronel Aragon.

O número de policiais treinados pela Força Nacional para controle de protestos é representativo quando se compara o efetivo das tropas de Choque dos estados: a maioria possui apenas um batalhão, contando com entre 100 e 200 homens com esta qualificação.
Até mesmo São Paulo, que possui a maior Tropa de Choque do país (3 mil homens) e que, mesmo durante ataques de facções criminosas, nunca pediu apoio federal na segurança pública, deve contar com homens da Força Nacional, diz o secretário nacional de segurança para grandes eventos, delegado da Polícia Federal Andrei Augusto Passos Rodrigues.

Segundo ele, os estados deverão concluir até o fim de janeiro o planejamento do que que vão precisar de apoio federal. 

A previsão é que, com a experiência da Copa das Confederações, quando houve atuação em 5 estados, a Força Nacional envie soldados para todos aqueles que receberão jogos da Copa.
“Pela qualidade desta tropa, ela deverá atuar em todas as sedes. Em algumas, como força de contingência (ficando em espera nos quartéis, sendo acionada só quando precise). Em outras, terá função definida de antemão, como apoio ao policiamento ostensivo, bloqueio de estádios, controle de ruas onde haverá protestos. Cada estado definirá isso”, afirma Rodrigues.

"Temos uma interação absolutamente boa com o secretário de Segurança de São Paulo, Fernando Grella, que já esteve aqui no Ministério da Justiça várias vezes e sabe que esta é um força que está à disposição”, acrescenta o secretário.

A Secretaria de Segurança de São Paulo informou que o plano de segurança para a Copa ainda não está pronto, mas que a hipótese de pedido de apoio da Força Nacional "sequer foi cogitada".
Manifestantes se ferem após início do confronto contra tropa da Força Nacional (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)Manifestantes se ferem em confronto com a Força
Nacional no leilão de Libra, em outubro
(Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)
Preparação
A decisão de aplicar um curso de controle de distúrbios civis (como são chamados, na linguagem policial, manifestações e protestos) em 10 mil homens ocorreu após uma análise das últimas edições do evento.

“Desde a Copa do Mundo de 1930, os países-sede enfrentam histórico de manifestações. Houve também na África do Sul (2010), na Alemanha (2006) e na Coreia do Sul e no Japão (2002). Já estávamos preocupados com isso antes mesmo dos eventos deste ano, pois não é nossa responsabilidade esperamos pra ver”, diz o coronel Aragon. “A violência dos protestos recentes é que assustou. Tivemos muitos policiais feridos no Rio. Isso gerou aprimoramentos”, afirma ele.

“A doutrina de força de Choque determina que não se chegue muito perto dos manifestantes. Não é uma ciência exata. No leilão de Libra (em outubro no Rio), houve confronto e fomos atacados, mas tentamos manter uma distância mínima de 30 metros deles. O objetivo era manter o isolamento e impedindo o acesso ao local de onde ocorria o evento”, explica o diretor da Força.
Banhistas tomam sol na praia da Barra da Tijuca, com militares da Força Nacional ao fundo (Foto: Sergio Moraes/Reuters)Durante leilão de Libra, homens da Força Nacional
bloquearam praias no Rio
(Foto: Sergio Moraes/Reuters)
Quando a Força Nacional é enviada em apoio a um estado, ela fica subordinada aos órgãos de segurança pública locais e recebem missões específicas.

Por exemplo, na final da Copa das Confederações, em que o Brasil bateu por 3 a 0 a Espanha no Maracanã, em 30 de junho, os PMs da Força integravam uma linha de contenção do estádio. Já durante os protestos, foram destinados, pela PM do Rio, para fazer o bloqueio ou conter atos de vandalismo em alguma rua.
Formada por cerca de 12 mil homens, entre policiais militares, policiais civis, peritos e bombeiros, a força atua sempre com caráter temporário e sob portaria publicada no Diário Oficial pelo Ministério da Justiça. Enquanto cedidos pelos estados para uma missão, os policiais continuam como contratados pelo estado e recebendo o salário do estado. Há apenas um adicional: a diária de viagem para a missão, que é paga pelo governo federal, e varia entre R$ 200 e R$ 600 por dia, dependendo do local.  Durante a Copa das Confederações e a visita do Papa, o Ministério da Justiça autorizou o pagamento de diária dobrada para integrantes da PF, Polícia Rodoviária Federal e da Força.
Policiais atiram contra grupo de manifestantes (Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)Policiais da Força Nacional atiram contra grupo em
protesto no Rio (Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)
Robô espião 
Para os protestos de 2014, a Força adquiriu um minirrobô espião, que vai monitorar militantes do black bloc: pequeno e de borracha, ele se infiltrará durante os atos de violência para realizar filmagens e auxiliar na investigação dos envolvidos.

“Não posso dar detalhes de como funciona, para que não seja envolvidos. Mas suas imagens vão nos ajudar a entender o que está acontecendo”, diz o coronel Aragon.

A corporação possui uma escola, em Brasília, que padroniza as ações dos policiais de vários estados, seguindo os preceitos da ONU, que, conforme o comandante, autoriza o uso de munição menos letal nos protestos, como spray de pimenta, lacrimogêneo e bala de borracha. Também foi montado, na capital federal, um centro de monitoramento que permite acompanhar em tempo real todas as operações da força pelo país, que vão desde apoio a cidades em caso de greves policiais, socorro em calamidades, enchentes e tragédias, até policiamento de áreas indígenas  e proteção de juízes e autoridades.

“Cheguei a ter 42 operações ocorrendo ao mesmo tempo nos 23 estados e no Distrito Federal. Preciso saber o que está acontecendo em cada uma delas”, afirma o diretor da Força
.

GOVERNMENT OF AMAZON STILL DO NOT KNOW WHAT TO DO WITH ARENA FROM AMAZON AFTER COPA.

GOVERNO DO AMAZONAS AINDA NÃO SABE O QUE FAZER COM ARENA DA AMAZÔNIA APÓS A COPA.

Leandro Prazeres 

Do UOL, em Manaus

A menos de seis meses da Copa do Mundo, o Governo do Amazonas ainda não sabe o que fará com a Arena da Amazônia depois que a competição acabar. A obra, orçada em R$ 605 milhões, deverá custar R$ 500 mil por mês em manutenção aos cofres públicos. Uma consultoria internacional foi contratada para analisar as possibilidades de exploração econômica da arena, mas os primeiros relatórios só deverão ficar prontos em Março de 2014, a pouco menos três meses do início da Copa.  
Desde o anúncio das cidades-sede da Copa de 2014, Manaus, Natal e Cuiabá têm sido alvos de ceticismo em relação ao destino de suas arenas. Alguns críticos afirmam que, dada a pouca expressão do futebol nessas cidades, as arenas correm o risco de se transformarem em "elefantes brancos". 
As obras da Arena da Amazônia começaram em 2010, mas foi apenas no final de 2012 que a Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP Copa) solicitou à Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) um estudo para analisar as opções disponíveis no mercado para viabilizar a arena economicamente.

Apesar de o pedido ter sido feito no final de 2012, a licitação para contratação da empresa que faria a análise só foi realizada em outubro de 2013. Os estudos, segundo a própria UGP Copa, sequer foram iniciados. A empresa contratada foi a Ernst Young ao custo estimado de R$ 1,05 milhão. 

O coordenador  da UGP Copa, Miguel Capobiango Neto, nega que a contratação do estudo tenha sido feita em cima da hora. Para ele, não faria sentido fazer análises sobre as possíveis alternativas de gestão da arena antes da Copa das Confederações deste ano. "Até 2011, tínhamos um cenário de arena no Brasil  que não era esse formato de Copa. Só passamos a ter arenas operando com a realidade brasileira, com formato FIFA, em junho de 2013 (com a Copa das Confederações). Não adiantava pensar em formato anterior", disse Capobiango.  
Para Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria (especializada em marketing esportivo), o estudo de viabilidade econômica para uma arena desse porte deveria ter sido feito com anos de antecedência e, preferencialmente, deveria ter sido produzido antes mesmo da construção da arena. "Se a decisão para construir o estádio fosse técnica, o estudo deveria ter sido feito antes da obra. Mas não foi o caso. A decisão pela construção da Arena da Amazônia foi política. Agora que a obra está em pé e a população está cobrando, eles fazem esses estudos para dar uma resposta ao povo", disse o consultor.   Veja Álbum de fotos
Em entrevista, Capobiango admite que a decisão de construir a Arena da Amazônia foi política.  "Sem arena, não haveria Copa em Manaus. Ela foi construída com o foco de receber a Copa aqui. Ela não tem a intenção (de se remunerar)... porque ela não é uma PPP... ela não vai se remunerar. O foco dela é trazer a copa do mundo. E ela cumpriu com o objetivo de trazer a copa do mundo", disse o coordenador.  
Pelo menos três modelos de negócio estão sendo analisados por técnicos da Secretaria de Planejamento do Estado do Amazonas (Seplan) em relação ao futuro da Arena da Amazônia: concessão dos direitos de uso da arena, parceria público-privada e contratação de uma operadora de estádios.  
Para Fernando Ferreira, estádios como a Arena das Dunas (Natal), Arena Pantanal (Cuiabá), Estádio Nacional (Brasília) e Arena da Amazônia (Manaus) dificilmente serão lucrativos. "Para você ter lucro numa operação com essas, é preciso ter uma taxa de ocupação de 60% da arena com ela sendo utilizada pelo menos 30 ou 40 vezes ao ano. É uma realidade distante demais do que acontece nessas cidades. No Amazonas, por exemplo, a média do público no Campeonato Amazonense é de menos de mil espectadores por jogo. No máximo, eles irão encontrar uma solução para tirar a taxa de manutenção do estádio. Nada além disso", afirma o consultor.  
Mesmo sem ter os estudos da consultoria Ernst Young em mãos, Capobiango descarta a ideia de que o futebol amazonense possa manter, sozinho, os custos de manutenção da Arena da Amazônia. "Não é suficiente", admite o coordenador.  Em 2013, a média de público da primeira divisão do Campeonato Amazonense de Futebol foi de meros 770 pagantes por jogo. A persistirem esses dados, seria necessário o público de quase todas as 59 partidas do campeonato em 2013 para lotar os 44 mil lugares da Arena da Amazônia. 
Para o deputado estadual Marcelo Ramos (PSB-AM), um dos poucos parlamentares de oposição ao governador Omar Aziz (PSD), a demora na contratação do estudo para analisar as soluções econômicas para a Arena da Amazônia é uma irresponsabilidade. "Acho uma irresponsabilidade com os interesses do povo do Amazonas que terá que pagar com o suor do seu trabalho mais de 600 milhões de reais gastos naquela obra, através de empréstimos. E o governo não sabe o que fazer porque não tem o que fazer", dispara.  
Fernando Ferreira afirma que a maioria dos estudos de viabilidade econômica das arenas a que ele teve acesso até agora são bem elaborados, mas partem de premissas equivocadas. "Os estudos são muito bons. Não existe amador nesse negócio. O problema é que as premissas são equivocadas. Eles fazem a conta fechar na perspectiva mais otimista, nunca na mais conservadora. Num negócio como esses, o cenário mais conservador é o que tinha que ser levado em conta, não o contrário", diz.