PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

POLÍCIA MILITAR DETÉM 24 ATIVISTAS DA ALDEIA MARACANÃ E LIBERA RADIAL OESTE.

FONTE: http://oglobo.globo.com/rio/pm-detem-24-ativistas-da-aldeia-maracana-libera-radial-oeste-11078904

Terreno do antigo Museu do Índio estava ocupado por 30 pessoas.

  • Polícia Militar havia interditado o sentido Centro da via da Zona Norte
  • Motoristas encontraram congestionamento entre o Méier e o Centro
Policiais do Batalhão de Choque detém índio que ocupava terreno no Maracanã Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
Policiais do Batalhão de Choque detém índio que ocupava terreno no Maracanã Pablo Jacob / Agência O Globo
RIO — Policiais militares do Batalhão de Choque (BPChq) e do 4º BPM (São Cristóvão) retiraram os manifestantes que ocupavam o terreno do antigo Museu do Índio, no Maracanã, na Zona Norte. Com isso, o sentido Centro da Avenida Radial Oeste, que havia sido fechado no início da manhã, foi liberado. Um grupo de cerca de 30 pessoas ocupava o local desde a madrugada de domingo em protesto contra a demolição do prédio. Segundo o governo do estado, no entanto, o edifício não será derrubado. Vinte e quatro ativistas foram detidos porque resistiram à desocupação. Eles foram levados para a 18ª DP (Praça da Bandeira) em um ônibus da PM. A operação contou com a participação de 150 homens dos dois batalhões.
Pelo menos um índio ainda resiste à desocupação. Com uma escada Magirus, bombeiros tentaram retirar o ativista de cima de uma árvore. A operação, no entanto, não obteve sucesso, já que o índio se negava a deixar o local sem ordem judicial. A PM tirou manifestantes à força do entorno da árvore, carregando as pessoas pelos braços e pernas. Em seguida, os militares colocaram grades ao redor da planta para isolar o local.
Enquanto os bombeiros tentavam o resgate, os ativistas gritavam palavras de ordem, pedindo para que o ativista não fosse retirado. Um índio tentou falar com a imprensa, mas foi impedido pela PM, pois já estaria detido.
A Polícia Civil informou que os 24 detidos foram autuados em flagrante pelo crime de resistência em razão da existência de uma reintegração de posse dada pela Justiça ao governo do estado. O documento, no entanto, não havia sido apresentado no local da operação até o início da tarde.
Segundo a PM, a ação do Batalhão de Choque na Aldeia Maracanã cumpre uma ordem do Comando Geral da corporação. De acordo com o advogado do Frente Internacionalista dos Sem Teto (Fist), André de Paula, não foi apresentado um mandado de reintegração de posse. Ele denunciou que estava sendo impedido de entrar na área isolada pela corporação. Após conversar com o líder da aldeia, o delegado Fabio Barucke disse ter sido informado de que existe uma ordem judicial para a desocupação.
Estado nega demolição do antigo Museu do Índio
O terreno no Maracanã voltou a ser ocupado por indígenas na madrugada deste domingo. Cerca de 40 manifestantes invadiram o prédio onde funcionava o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro-RJ), que fica no mesmo terreno do antigo Museu do Índio. Na tarde de domingo, alguns manifestantes já haviam deixado o local com a chegada do Batalhão de Choque, mas um grupo permanecia no prédio até a manhã desta segunda.
Eles protestam contra a demolição parcial do prédio, que eles dizem ter sido iniciada na quinta-feira, pelo Consórcio Maracanã S.A., formado pela Odebrecht, pela IMX e pelo grupo americano AEG. Cerca de 45 homens da Polícia Militar haviam sido deslocaodos para o entorno do Maracanã, e 20 homens do Choque chegaram a entrar no prédio. A Polícia Militar nega que tenha havido qualquer violência na abordagem realizada neste domingo.
Em nota, o governo do estado informou que o antigo Museu do Índio não será demolido. O prédio será transformado em um Centro de Referência das Culturas Indígenas. Segundo o governo, o edifício invadido pelos ativistas neste domingo é um dos quatro adquiridos do Ministério da Agricultura pelo governo estadual e onde funciona o escritório da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop).
O prédio ocupado pelos manifestantes, e não o do antigo museu, está previsto para ser demolido, o que será feito pela Concessionária do Maracanã. O local, que será incorporado ao Complexo do Maracanã, vai abrigar o novo Museu do Futebol, previsto para ficar pronto para as Olimpíadas de 2016. Até lá, o prédio vai funcionar como estrutura temporária do Estádio do Maracanã para a Copa do Mundo.
No domingo, os ativistas alegavam que o prédio que ocupavam estava sendo demolido. Em nota, o governo do estado informou que não houve demolição, apenas retirada de parte do telhado, pois a estrutura estava comprometida após as chuvas da semana passada.
Operação fecha Radial Oeste por cerca de três horas
A interdição na Radial Oeste foi mantida por cerca de três horas, entre as 7h10m e 9h50m. Mesmo após a liberação da via, motoristas ainda encontravam trânsito bastante complicado durante a manhã na região, já que um grande congestionamento havia se formado entre o Méier, na Zona Norte, e o Centro. A CET-Rio informou que a faixa reversível da Rua Visconde de Niterói teve o seu funcionamento estendido para dar fluidez ao trânsito. Segundo o Centro de Operações da prefeitura, a Rua Visconde de Niterói é a melhor opção de acesso para o Centro. Há reflexos no trânsito da Av. Marechal Rondon, Rua Teodoro da Silva, Av. Prof. Manuel de Abreu e Rua São Francisco Xavier.
O bloqueio na Radial Oeste começava na altura do acesso na Rua São Francisco Xavier. A avenida podia ser acessada pela Avenida Maracanã, mas as retenções na São Francisco Xavier causavam reflexos no Maracanã, na Avenida Marechal Rondon, Rua Barão do Bom Retiro, Rua Dias da Cruz e Rua Arquias Cordeiro. Para evitar um engarrafamento na São Francisco Xavier, a maior parte do tráfego da Marechal Rondon era desviado para a Avenida Visconde de Niterói. Motoristas que saíam do Méier deviam optar pela Rua Ana Néri, acessando em seguida a Avenida Visconde de Niterói.
Radial Oeste interditada para instalação de passarela
No fim de semana, a Avenida Radial Oeste ficou fechada nos dois sentidos para a instalação de uma passarela, que ligará o Estádio do Maracanã à Quinta da Boa Vista. A via foi interditada às 22h de sexta-feira e acabou totalmente liberada às 11h de domingo, com 17 horas de antecedência.
Como a via ficou totalmente fechada durante todo o sábado, motoristas que passavam pelo entorno do Estádio do Maracanã enfrentaram muita lentidão no sentido Centro, principalmente na Rua São Francisco Xavier. Na ocaisão, foi fechada parcialmente também a Avenida Professor Manoel de Abreu. Os reflexos chegavam à Rua Marechal Rondon, na altura da Mangueira. Para desafogar o trânsito, motoristas estavam sendo desviados para a Rua Visconde de Niterói, através do Viaduto da Mangueira.


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