PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

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segunda-feira, 11 de março de 2013

SEM RECURSOS, ARENA CORINTHIANS PODE PARAR

Obra chegou ao limite, diz Andrés Sanchez. Prefeitura deve emitir certificados nas próximas semanas.

O tempo passa, a Copa do Mundo se aproxima e o dinheiro fica escasso na Arena Corinthians.
 
Ex-dirigente do clube paulista e da CBF, Andrés Sanchez admitiu, durante participação em programa na “TV Gazeta”, neste domingo (10), que as obras do estádio da abertura da Copa de 2014 podem ser paralisadas nas próximas semanas caso o empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ou os incentivos fiscais da prefeitura de São Paulo não sejam liberados.
 
"Todos sabem que o Corinthians dependia do financiamento do BNDES e de uma garantia sobre investimentos de melhoria para a zona leste. Não saiu nem o financiamento e nem o pacote. Se não sair em um mês, a obra para", disse o ex-dirigente.
 
Sanchez sabe que a situação não é das mais favoráveis. Nesse momento, no entanto, o cenário mais provável é que os CIDs (Certificados de incentivo ao desenvolvimento) comecem a ser emitidos antes da liberação da primeira parcela do financiamento pelo BNDES.
 
Impasse
Na agenda de repasses do governo federal e dentro do programa ProCopa Arenas do BNDES, o empréstimo de R$ 400 milhões é essencial para a construção da arena corintiana.
 
Consultada, a assessoria do banco estatal garantiu que o financiamento se encontra aprovado, mas observou que a contratação, ou desembolso, ainda depende das negociações entre o empreendedor e o banco repassador, no caso o Banco do Brasil. O problema é que este impasse já se arrasta por mais de cinco meses.
 
Em outubro de 2012, o Portal 2014 relatou o problema entre o BB e a Sociedade de Propósitos Específicos (SPE) criada pela Odebrecht para captar os recursos da Arena Corinthians (Leia mais e relembre o caso).
 
O banco cobrava uma taxa de cerca de 5% do valor do financiamento para assumir os riscos da operação, mas nem Odebrecht e nem Corinthians queriam arcar com esta despesa. E, ao que tudo indica, a situação mal saiu do lugar.
 
Procurada pela reportagem, a assessoria do Banco do Brasil limitou-se a dizer que a operação está aprovada, mas que outras informações estão protegidas por sigilo comercial.
 
Como há cinco meses, a Odebrecht vai cobrindo os custos da construção da arena com recursos próprios, mas já falta dinheiro em caixa e os juros sobre os empréstimos-ponte que a empreiteira realizou preocupam.

Arena Corinthians: Sem recursos, obras podem ser paralisadas (crédito: Odebrecht/Divulgação)

A salvação
Se o financiamento do BNDES não anda, os R$ 420 milhões em forma de incentivos fiscais para a zona leste de São Paulo, os CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento), devem começar a ser emitidos em breve. As isenções podem ser a salvação da lavoura corintiana, acredita a Odebrecht.

O assunto está “na mesa do prefeito Haddad para assinar”, garante a SPCopa, comitê de âmbito municipal equivalente à antiga Secopa paulistana, criado no último mês de janeiro.
 
"A emissão desses certificados está prevista no orçamento, mas eles só serão emitidos de acordo com a execução da obra", explicou a assessoria do comitê. "A ideia é que a primeira emissão seja publicada no Diário Oficial o quanto antes e aconteça o mais rápido possível. Está na ordem do dia."
Segundo a SPCopa, a mudança de gestão na prefeitura de São Paulo interrompeu o cronograma destas emissões, mas garante que, apesar disso, a emissão dos certificados está dentro do prazo. Questões de ordem jurídica e financeira ainda estão sendo avaliadas pelo comitê de construção do estádio na Câmara dos Vereadores.
 
Com 66% das obras concluídas até aqui, a Arena Corinthians tem previsão para ficar pronta em dezembro de 2013. Na Copa do Mundo, além do jogo de abertura e uma das semifinais, o estádio paulistano receberá outras quatro partidas.

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