PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

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domingo, 20 de janeiro de 2013

VELÓDROMO VIRA A VEDETE DO PARQUE OLÍMPICO.

Plano urbanístico da área das instalações sofre alterações.

Luiz Ernesto Magalhães

As três arenas com um total de 36 mil lugares que serão construídas no Parque Olímpico da Barra. Após os jogos, local será um complexo de treinamento
Foto: Divulgação
As três arenas com um total de 36 mil lugares que serão construídas no Parque Olímpico da Barra. Após os jogos, local será um complexo de treinamentoDivulgação
 
RIO - Concluída no fim do ano passado, a versão final do plano urbanístico do futuro Parque Olímpico do Rio, na Barra da Tijuca, apresenta diferenças em relação à proposta original selecionada por concurso do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Para cortar gastos com controle de acesso ao público e segurança, o parque ficou mais compacto na revisão feita pela Aecom (empresa que projetou o Parque de Londres) e pelo brasileiro Daniel Gusmão com a supervisão da prefeitura e do Comitê Rio 2016.
 
As mudanças deram destaque ao novo velódromo, que terá um telhado curvo e um projeto conceitual que é considerado o mais arrojado entre todas as instalações. O prédio, que antes ficava num ponto mais afastado do complexo, foi deslocado para a entrada do Parque Olímpico. As modificações foram autorizadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), bem como os projetos arquitetônicos de todas as arenas, aos quais o O GLOBO teve acesso. A partir de amanhã, os consórcios que venceram as licitações para desenvolver os projetos se reúnem no Rio com técnicos do COI para discutir a execução.
 
Parque terá 15 instalações
O Parque Olímpico terá 15 instalações onde serão disputadas 14 modalidades olímpicas (incluindo tênis, natação, basquete e ciclismo) e onze paralímpicas. Parte delas serão em instalações já existentes, como o Parque Aquático Maria Lenk e a arena HSBC.
 
A presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), Maria Silvia Bastos Marques, justifica as mudanças na concepção dos projetos. As novas arenas foram planejadas com versões para olimpíadas e para a fase de legado, quando sairão as instalações provisórias. É o caso da arena de handebol que, quando for desmontada, vai se transformar em quatro escolas municipais. Alguns dos espaços, no entanto, terão a capacidade reduzida, como o centro de tênis.
 
— Não interessa termos arenas que se tornem ícones na história dos Jogos Olímpicos mas que tornem os projetos mais caros. Precisamos de instalações práticas e fáceis de construir e manter. Os arquitetos devem ser criativos, sem gastar demais. A preocupação com a economia terá que ser ainda mais intensa com as instalações temporárias — disse Maria Sílvia.
 
Os consórcios começaram a trabalhar no detalhamento dos projetos no fim de dezembro. Os estudos, que incluem orçamentos prévios dos projetos, servirão de base para licitar as obras até junho deste ano. A previsão é que as obras sejam concluídas no início do segundo semestre de 2015.
 
Os consórcios são formados por escritórios de arquitetura brasileiros e estrangeiros que já têm experiência em arenas esportivas. Alguns projetos também têm a participação de empresas especializadas em projetos sustentáveis. A meta é buscar a certificação americana “leed gold”, a segunda mais elevada da escala com quatro graduações.
 
A alemã GMP-Architekten lidera os consórcios dos projetos do centro de tênis, que será em forma de arena, e do novo parque aquático. No portfólio, traz o projeto da reforma do Estádio Olímpico de Berlim para a Copa do Mundo de 2004, o estádio de Cape Town da África do Sul para a Copa de 2010, entre outros. No Brasil, participa dos consórcios responsáveis por preparar três estádios da Copa do Mundo de 2014, incluindo a Arena da Amazônia.
 
Simulações em computador
O departamento de comunicação da empresa optou por responder ao pedido de entrevista por e-mail. “Os dois projetos para 2016 são ambiciosos e fascinantes. Cada um com a sua característica. Os projetos serão desenvolvidos principalmente com parceiros do Rio, mas também colaboradores de São Paulo e Belo Horizonte. Nossa filosofia de trabalho é promover uma sinergia criativa entre especialistas brasileiros e internacionais”, explicou em um trecho da resposta.
 
A britânica Arup, que tem na lista de obras o estádio olímpico chinês Ninho de Pássaro, integra os consórcios responsáveis por dois projetos: o novo velódromo e um conjunto de três galpões de competições que, após os Jogos Olímpicos, serão convertidos num centro de treinamento para atletas de elite.
 
Parceiros da Arup, os arquitetos João Luiz Casagrande e Celso Girafa, avaliam que o velódromo será a instalação esportiva de planejamento mais complexo do parque.
 
— Teremos de 18 a 22 pessoas trabalhando em tempo integral. Até chegarmos ao projeto final, faremos várias simulações da cobertura em computador — disse João.

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