PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

segunda-feira, 18 de junho de 2012

RIO+20: COMUNIDADE QUE ESTÁ PRÓXIMA AO LOCAL DA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL PERMANECE INVISÍVEL PARA O PODER PÚBLICO.

FONTE: http://extra.globo.com/noticias/rio/rio20-comunidade-que-esta-proxima-ao-local-da-conferencia-internacional-permanece-invisivel-para-poder-publico-5186363.html
Em Vila Autódromo, que fica próximo ao local onde acontece a Rio+20, a estrutura é precária: faltam sanaeamento e água encanada, as ruas não têm asfalto e a coleta de lixo não é regular
Em Vila Autódromo, que fica próximo ao local onde acontece a Rio+20, a estrutura é precária: faltam sanaeamento e água encanada, as ruas não têm asfalto e a coleta de lixo não é regularFoto: Fábio Guimarães / Extra
Roberta Hoertel
Serão dez dias em que o Rio de Janeiro será o centro de um debate sobre sustentabilidade que vai atrair a atenção de todo o mundo. A partir de hoje, os olhares estarão voltados para o Riocentro, onde acontecem as discussões da Rio+20, a conferência sobre desenvolvimento organizada pelas Nações Unidas. Mas a menos de dois quilômetros do evento, mais de 900 famílias ainda vivem em condições precárias — nada sustentáveis — e permanecem invisíveis aos olhos do poder público.

— Sinto-me excluída da cidade. Foi daqui que saiu a mão de obra para construir todas essas estruturas (da conferência) que eles tanto se orgulham hoje, mas aqui dentro nada acontece. Eles discutem meio ambiente enquanto nós pedimos socorro para o meio ambiente — conta a diarista Maria da Penha, moradora há 20 anos da favela Vila Autódromo.

Enquanto os chefes de Estado vão debater soluções para um mundo mais sustentável, os moradores da comunidade mal conseguem ter acesso aos serviços mais básicos. Água, esgoto, asfalto e coleta de lixo passam longe de Vila Autódromo.

— A sustentabilidade somos nós mesmos que criamos, são as condições que precisamos nos virar para conseguir sobreviver dentro do pouco que o governo nos oferece — reclama o líder comunitário Altair Guimarães.

Por conta própria
O "equilíbrio" no dia a dia só é alcançado por meio da boa vontade dos moradores, que se organizam para criar mutirões de limpeza e dividem os custos de serviços que não têm, como a passagem de carros com fumacê.

— Sustentabilidade é cuidar do que já tem e não ficar inventando novas obras. Cuidamos disso aqui todos os dias, mas o governo não — diz Emídio dos Santos.

Em nota, a Prefeitura do Rio alegou que a comunidade está próxima a uma área de preservação ambiental e, por isso, os moradores precisarão ser reassentados num condomínio que será construído, ainda sem data.

Nenhum comentário:

Postar um comentário