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terça-feira, 17 de abril de 2012

FUTURA ELEIÇÃO PARA PRESIDÊNCIA DA "CBF" JÁ CAUSA DISPUTA ENTRE RIO E SÃO PAULO.


FONTE: http://oglobo.globo.com/esportes/briga-declarada-pelo-poder-na-cbf-4666791

Rio e de SP travam duelo para indicar o vice-presidente da Região Centro-Sul

Maurício Fonseca

José Maria Marin manteve o nome do indicado paulista em sigilo
Foto: Ivo Gonzalez / O Globo
José Maria Marin manteve o nome do indicado paulista em sigilo Ivo Gonzalez / O Globo

Trinta e seis dias após a renúncia de Ricardo Teixeira, a briga pelo poder na CBF, que vinha sendo travada nos bastidores, não é mais segredo para ninguém. E isso ficou explícito, ontem, durante a Assembleia Administrativa realizada na sede da entidade, na Barra da Tijuca, que reuniu quase todos os 27 presidentes de Federações do país.O grupo rebelde, que considera uma paulistização da entidade, a partir da chegada de José Maria Marin à presidência, está fazendo de tudo para, ao menos, dividir o poder. E a indicação de Zagallo para vice-presidente da Região Centro Sul, bancada pelo presidente da Federação do Rio, Rubens Lopes, foi mais um lance na disputa pelo poder. Ontem, surgiu um novo capítulo: a Federação Paulista indicou outro nome.

Quebra de acordo
Segundo um acordo de cavalheiros, as federações de Rio e São Paulo se alternariam na indicação do vice-presidente da Região Centro-Sul. Como os paulistas indicaram José Maria Marin para o posto que ficara vago com a morte de Nabi Abi Chedid, em novembro de 2006, agora seria a vez dos cariocas. Na semana passada, Rubens Lopes anunciou que indicaria Zagallo, de 81 anos, para o cargo. Além de sua história no futebol brasileiro, o tetracampeão mundial teria a seu favor a idade, já que é sempre o vice mais velho que assume a presidência na ausência do presidente em exercício.

Muita gente considerou a indicação de Zagallo uma jogada de mestre do presidente da Federação do Rio. Entre eles o próprio Rubinho, como é conhecido o cartola carioca.

— Seria uma insanidade não aceitarem o nome de Zagallo por tudo o que ele já fez. E, para quem diz que ele não tem experiência administrativa, não custa lembrar que Zagallo já comandou a seleção em Copa do Mundo, o que é bem mais difícil do que o cargo em questão — afirmou o dirigente.
Mas não será tão simples como Rubens Lopes imagina. Para a indicação de Zagallo ser aceita, será preciso que, em Assembleia Eleitoral, que só deve ser marcada para depois dos Jogos Olímpicos, em agosto, o indicado receba a maioria dos votos dos presentes, ou seja, 50% mais um. Hoje, dificilmente o nome de Zagallo seria aprovado numa eleição, cujos votantes são os presidentes das 27 Federações e os 20 clubes da Primeira Divisão.

— Eu votaria no Zagallo, sem dúvida. Mas não creio que ele fosse aceito. Há muita gente aqui comprometida com o poder — afirmou Francisco Novelleto, presidente da Federação Gaúcha, que, assim como Rubinho, faz parte da ala que contesta o poder de José Maria Marin na CBF.
Não é só. Ontem, logo após a Assembleia, Marin afirmou que a Federação Paulista também indicaria um nome.

— Por questão de ética, já que o assunto só será resolvido mais tarde, prefiro não revelar o nome da pessoa indicada pelos paulistas — disse o presidente da CBF.
Alguns dirigentes ficaram surpresos com o que disse Marin. Segundo estes, a guerra entre paulistas e cariocas foi declarada ontem.

— Não se falou na Assembleia em representante dos paulistas. Vamos ter problemas entre Rio e São Paulo

— prevê o gaúcho Novelleto. — E se for para a votação, o Zagallo deve perder — concluiu.

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