PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

sábado, 28 de abril de 2012

DOS CINCO TRENS URBANOS PLANEJADOS PARA COPA 2014, QUATRO NÃO DEVERÃO FICAR PRONTOS A TEMPO.

FONTE: http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2012/04/28/dos-cinco-trens-urbanos-planejados-para-a-copa-quatro-nao-deverao-ficar-prontos-a-tempo.htm
Vinícius Segalla
Do UOL, em São Paulo     
Monotrilho de Manaus; pelo contrato assinado pelo Estado, obra poderá ser entregue no meio de 2015
  • Monotrilho de Manaus; pelo contrato assinado pelo Estado, obra poderá ser entregue no meio de 2015.
Das cinco cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014 que incluíram em seu planejamento oficial para o evento a construção de linhas de trem de superfície, quatro não deverão entregar as obras antes do início do Mundial de futebol, em junho de 2014. São elas: Brasília (DF), Cuiabá (MT), Manaus e São Paulo (SP).
Juntas, as obras preveem um investimento de R$ 4,72 bilhões, de acordo com a última atualização (26/4/12) da Matriz de Responsabilidades da Copa, documento assinado em janeiro de 2010 por União, estados e municípios, como compromisso das ações que seriam executadas até junho de 2014.

EM CUIABÁ, SUGESTÃO É A BICICLETA

  • Folhapress
    O maior defensor da construção de uma linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em Cuiabá (MT) admitiu, já em dezembro do ano passado, que o sistema pode não ficar pronto até a Copa do Mundo.
    O projeto tem custo mínimo estimado em R$ 1,2 bilhão e será financiado integralmente com recursos do governo federal para obras do Mundial de 2014. O deputado José Riva (PSD), presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, porém, sugere uma alternativa para o transporte na cidade durante o evento: a bicicleta. LEIA MAIS

A mais recente admissão de incapacidade em honrar seus compromissos veio do Governo do Distrito Federal. Na última quinta-feira, o secretário de Obras do DF, David de Matos , reconheceu, em audiência na Assembleia Distrital, que os últimos atrasos anunciados na licitação para a obra do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) inviabilizam definitivamente o cumprimento do prazo.

Por estar presente na Matriz, o VLT de Brasília é financiado com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e oferece prazos mais longos e juros menores aos praticados no mercado. Dos R$ 277 milhões previstos para serem gastos na obra, R$ 263 milhões vêm dos cofres federais. Apesar de não existir mais chance do VLT ser utilizado na Copa, a Matriz atualizada do Ministério do Esporte não retira os recursos e as condições de pagamento da obra de Brasília.

O principal motivo que levou ao atraso da obra foi a anulação imposta pela Justiça do DF da primeira licitação realizada, em abril de 2011. É que houve fraude no processo, feito, de acordo com a Justiça, para beneficiar empresas ligadas a José Gaspar de Souza, então presidente do Metrô do DF.

Situação semelhante, embora um pouco mais complexa, vive a obra do VLT de Cuiabá. A intervenção originária prevista para capital matogrossense na Matriz era um corredor de BRT (Bus Rapid Transit), ao custo de R$ 489 milhões. A previsão era de que as obras começariam em julho de 2011 e seriam entregues em dezembro de 2013. O governo do Estado de Mato Grosso, entretanto, achou por bem alterar radicalmente seus planos no meio do ano passado.

Assim, as autoridades locais anunciaram que não mais construiriam o corredor, e sim uma linha de VLT, ao preço de R$ 1,26 bilhão. A partir daí deu-se início a uma novela para garantir os recursos federais (que pagarão a totalidade da empreitada) que já estavam prometidos para o BRT. Após muito esforço político, conseguiram aprovar o VLT, mas não ainda todos os recursos necessários. Também já tiveram que adiar a licitação por três vezes, em virtudes de irregularidades detectadas no processo.

Resultado: a previsão atual é de que a abertura dos envelopes aconteça no próximo dia 15 de maio. Quando a data prevista ainda era o último dia 10 de abril, o governo prometia que seria capaz de lançar a primeira Ordem de Serviço em tempo recorde, até o mês de junho. A improvável data era prometida porque, pelo contrato da obra, a empresa tem 24 meses para construir a linha férrea, de 22 quilômetros de extensão.

SP: OBRA PRONTA NO MEIO DA COPA

  • Folhapress
  • O contrato firmado entre o governo do Estado de São Paulo e o consórcio responsável pela construção da Linha 17 do metrô, prevista para fazer a ligação entre o aeroporto de Congonhas e a rede CPTM de trens metropolitanos, determina que a obra tem que ser entregue até o dia 27 de junho de 2014, ou seja, 15 dias após o início da Copa do Mundo de 2014. LEIA MAIS
Agora, com a abertura prevista dos envelopes para 15 de maio, nem mesmo o excepcional otimismo das autoridades matogrossenses é capaz de prever o VLT entregue a tempo para a Copa.

Ainda que a obra seja contratada através do RDC (Regime Diferenciado de Contratações), criado para agilizar as contratações apenas das obras que serão utilizadas na Copa, o defensor do VLT, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva (PSD), não vê problemas em entregar o equipamento fora do prazo.

Em dezembro do ano passado, o deputado afirmou, em audiência na Assembleia Legislativa de Mato Grosso: “Não há garantia de que o VLT fique pronto em sua totalidade para a Copa do Mundo”. Tal fato, no entanto, não seria um problema, já que o objetivo é construir a linha de VLT para que esta permaneça como legado da Copa para Cuiabá. “Conversei com o técnico Carlos Alberto Parreira e ele me disse que teve Copa em que as pessoas iam até de bicicleta para o estádio. Essa da África do Sul (2010) foi assim", informou o deputado.

Já em Manaus, o monotrilho que pretende construir o governo do Amazonas está orçado em R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 600 milhões em recursos subsidiados do governo federal para obras da Copa. A obra, segundo a primeira versão da Matriz de Responsabilidades, deveria ter começado em junho do ano passado, mas nada saiu do papel até agora.

A última promessa do coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa em Manaus, Miguel Capobiango, é a de que o projeto executivo da intervenção ficará pronto até junho deste ano, podendo assim dar início aos trabalhos de construção.

A Ordem de Serviço (OS) da obra foi assinada pelo Estado e pelo Consórcio Monotrilho Manaus, composto pelas empresas CR Almeida S.A., Engenharia de Obras Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A. em janeiro deste ano. Segundo este documento, as empreiteiras têm 40 meses, a contar da assinatura da OS, para entregar a linha, ou seja, até julho de 2015.
Já em São Paulo, o VLT que será chamado de Linha 17-Ouro do Metrô, por contrato, poderá ser entregue até 15 dias depois do início da Copa, e isso para um período de testes de 180 dias, conforme revelou o UOL Esporte no último dia 5. Está é a quarta data prometida pelo governo estadual. A primeira, o compromisso assinado em janeiro de 2010, era março de 2013. E isso para a obra. Agora, só a primeiro trecho será entregue no meio da Copa. O resto, ficou para 2015 ou 2016.

Apenas o VLT de Fortaleza (CE), orçado em R$ 265 milhões, ainda poderá ser entregue a tempo para a Copa. Os trabalhos começaram em abril deste ano, com quatro meses de atraso, e a previsão era entregar os 13 quilômetros de linha férrea em junho de 2013. Até agora, o governo estadual ainda não conseguiu negociar a remoção de 3.000 famílias que seria necessária para implantar o projeto. Aos cearenses, resta torcer.

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