PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O CABO DE GUERRA DA LEI GERAL DA COPA.

FONTE: http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/2/25/o-cabo-de-guerra-da-lei-geral

Fifa pressiona governo para que o projeto seja aprovado na Câmara na próxima terça, mas entidades civis organizam tuitaço de protesto contra o texto

A comissão especial da Câmara dos Deputados deve votar, na próxima terça-feira, o mais novo projeto da Lei Geral da Copa. Cercado de pressão por todos os lados, o grupo de parlamentares precisa decidir se aprova o texto atual ou se promove mais mudanças. A Fifa pede que o projeto seja sancionado o mais rapidamente possível, mas a sociedade civil, por meio do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop), quer mais alterações.

Cada um dos interessados, dentro de suas possibilidades, tenta impor os interesses sobre os parlamentares. Ontem, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, publicou carta aberta no site de entidade com a intenção de dar um basta na discussão. Começa o texto de forma leve, dizendo que, "após a celebração da colorida festa do carnaval em todo o Brasil", é hora de voltar as atenções para a Copa do Mundo.

Logo depois, porém, deixa claro a impaciência que tomou conta da entidade. Diz que a aprovação, "enfim", da Lei Geral, é fundamental para que se possa agilizar o trabalho, "após anos e meses de conversas e debates sobre o mesmo assunto". E lembra que a visita do presidente da Fifa, Joseph S. Blatter, ao Brasil para o lançamento oficial do emblema da Copa está condicionada à sanção da lei pela presidente do República, Dilma Rousseff.

As associações que representam a sociedade civil, no entanto, divulgaram um rápido contra-ataque. Na próxima segunda-feira, o Idec e a Ancop promovem um tuitaço contra a Lei Geral da Copa. A intenção da campanha é que o hashtag #Fifabaixabola entre para os temas mais comentados do Twitter. As pessoas também podem mandar mensagens diretas aos integrantes da comissão especial por meio da página da campanha na internet (http://www.idec.org.br/).

"Sabemos que é difícil, mas nosso objetivo é que o atual texto da Lei Geral seja descartado", explica, ao Correio, Thiago Hoshino, integrante da coordenação nacional da Ancop. "Queremos politizar a questão antes da votação. Se cada vez mais brasileiros mostrarem que estão contra os termos do projeto de lei, podemos influenciar os parlamentares. O interesse é cada vez maior. Muita gente é contra a forma como a organização da Copa está sendo feita", acredita.

As entidades civis questionam pontos da Lei Geral que preveem a restrição de direitos sociais e dos consumidores e de garantias asseguradas pela Constituição. Hoshino explica que dois pontos são mais preocupantes: o primeiro, de que o governo atuaria como polícia durante o Mundial, prendendo, julgando e punindo pessoas que atuarem contra os interesses comerciais da Fifa; e o segundo, de que o Brasil seria o fiador da entidade durante o evento, garantindo o pagamento de quaisquer prejuízos que ela viesse a ter, mesmo que causados por fenômenos naturais.

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